Na LIVE #08 decidi reunir algumas informações que ilustrassem o quão simples é partir para este tipo de solução.
Para os professores, e para o seu trabalho com os alunos, é fundamental rentabilizar as potencialidades do digital na criação de produtos.
Atualmente, com todas as ferramentas disponíveis online, com a simplificação dos processos e com a aproximação da tecnologia ao utilizador comum (plataformas user-friendly), tornou-se muito mais fácil criar produtos de alta qualidade.
Urge a substituição de relatórios com o processador de texto e apresentações eletrónicas simples por outras soluções muito mais dinâmicas e interativas. Para esta diversificação, podemos substituir estes produtos (criados pelos alunos) por outros: roteiros digitais, exposições virtuais, portefólios, visitas virtuais, mapas interativos, websites, entre muitos outros.
Os Ebooks multimédia também são uma excelente opção. A combinação do texto com outros media, associado ao design, proporcionam um documento diferente. Para a sua criação, os alunos necessitam de vários tipos de competências.
O Bookcreator é uma boa solução! Na sua versão gratuita é bastante funcional e permite criar produtos com muito boa qualidade.
Vale a pena testar!
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Foto de Ada Okwuosah no Pexels
Mas é certo que os atuais alunos têm uma ligação muito forte com o vídeo, nas suas mais diversas variantes.
É importante também referir que os alunos não devem ser apenas utilizadores passivos/consumidores de vídeos, mesmo em contexto escolar.
Este recursos pode ser utilizado de forma interativa, como refiro no artigo “5 ferramentas para criar vídeos interativos”, mas também como produto final criado pelos alunos. Para além da aprendizagem dos conteúdos a utilizar na criação, a produção de vídeo implica o desenvolvimento de um conjunto variado de competências digitais associadas a estas ferramentas. Sem falar do trabalho de equipa que pode ser estimulado neste tipo de tarefa.
A criação de vídeos está associada, quase sempre, à utilização de músicas e de filmagens, que podem ser realizadas por professores ou alunos ou a partir de recursos já existentes. Neste último caso, é importante educar e sensibilizar os alunos para a utilização de documentos que respeitem as licenças de utilização e os direitos de autor.
No meu ponto de vista, atualmente existe uma preocupação crescente com os direitos de autor. Os sistemas estão a ser cada vez mais seguros e a educação para a cidadania digital tem de começar a ter reflexos.
Portanto, quando utilizamos imagens, vídeos e sons/músicas devemos ter em atenção ao tipo de licença de utilização. Existem muitas plataformas que fazem seleções e disponibilizam estes documentos de forma aberta, respeitando todos os autores. São exemplo disso: Pexels, Pixabay, Canva, AdobeSparks, entre muitos outros.
Recentemente descobri o Mixkit, um site que disponibiliza gratuitamente centenas de arquivos de música e vídeos que podem ser transferidos para serem utilizados em projetos multimédia não comerciais, nomeadamente em contextos educativos. Essa referência é feita nos termos da licença de utilização, o que é excelente para todo o trabalho com vídeo realizado nas escolas.
Os termos da licença para os utilizadores no Mixkit são claros quanto à utilização e referência. Podemos transferir vídeos e arquivos de áudio para reutilizar e alterar, sem necessidade de atribuição de créditos, contudo, agradecem se o fizermos.
Para encontrar os vídeos e músicas no Mixkit é possível fazer pesquisa por palavras-chave, escolher por categorias, ou simplesmente navegando pelas galerias, onde podemos ver ou ouvir o conteúdo.
Os vídeos disponibilizados nesta plataforma pertencem a uma categoria chamada “B-Roll” (rolo B), uma espécie de filmagens alternativas, suplementares a uma produção principal. Por outras palavras, tratam-se de vídeos que não irão ser encontrados em outros locais (Youtube, televisão, cinema,…).
Ao nível das músicas, também não serão encontrados os últimos sucessos da pop, o MixKit disponibiliza, basicamente, música instrumental que pode ser usada como fundo (background music) num vídeo ou até num áudio (podcast).
O MixKit pode ser um excelente recurso para partilhar com os teus alunos. Se tens uma sala de aula digital, blogue, website, ou aplicações Bookmark (Favoritos) então adiciona este espaço para que eles possam utilizar sempre que precisarem de músicas ou vídeos para utilizar nos seus próprios projetos de vídeo, podcast ou apresentações com utilização de elementos multimédia.
No âmbito disciplinar ou de um projeto específico, a fim de evitar tempo de pesquisa, também poderás fazer o donwload dos vídeos necessários e organizar uma galeria específica na Google Drive (por exemplo), que partilharás com os alunos.
Para utilizadores mais avançados, para além destes recursos, o Mixkit também disponibiliza projetos de vídeo para a aplicação Adobe Premier Pro, totalmente prontos para utilização, com efeitos adicionais totalmente configurados e gratuitos.
Aproveita estas Excelentes Ofertas!
E boas produções.
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Foto de Gustavo Fring no Pexels
]]>Neste momento estão na ordem do dia pelos piores motivos. E as ofertas são muito diversificadas, algumas de configuração amigável e utilização simples, outras mais complexas e com ferramentas muito poderosas, mas de utilização mais difícil para alguns professores.
Espera-se que, depois de passar este momento excecional, os professores possam refletir sobre a importância e as funcionalidades destas plataformas virtuais no apoio a todo o trabalho realizado em sala de aula.
A ferramenta que trago hoje permite a criação de um espaço onde os professores poderão criar turmas e aulas de uma forma muito simples. Por se tratar de um momento excecional, para evitar o processo de criação de turmas e convites aos alunos, é possível criar as lições e partilhá-las com os alunos por email ou incorporadas em algum espaço online.
Blendspace.com, agora conhecida como TES Teach With BlendSpace, é uma ferramenta disponibilizada online pela empresa TES.com. Trata-se de uma ferramenta gratuita que pode ser usada para recolher e agregar um conjunto muito diverso de recursos. Conheci esta ferramenta na semana passada e pareceu-me muito intuitiva, de configuração muito simples, acessível a professores menos experientes ao nível tecnológico, de simples visualização e utilização por parte dos alunos (nos mais diversos níveis) e adaptável às várias disciplinas.
O objetivo do Blendspace é permitir que os professores consigam disponibilizar um conjunto de recursos multimédia na sala de aula de uma forma simples, eficiente e eficaz.
A lógica base do BlendSpace está na criação de uma apresentação que pode funcionar como orientadora para o trabalho do aluno numa aula/sessão assíncrona. Os conteúdos disponibilizados deverão orientar o aluno, apresentar recursos de apoio e poderá disponibilizar formulários de avaliação formativa.
Os recursos podem ser carregados diretamente do computador, a partir de plataformas na nuvem (Google Drive, Dropbox, Gooru, Youtube,…), a incorporação de sites, apresentações, guiões ou PDFs, e muito mais.
Dependendo da criatividade de cada professor, este espaço pode ser usado como um caderno virtual para os alunos, onde são disponibilizados os documentos de apoio, criados e incorporados através de um sistema “Drag&Drop”, com uma visualização em grelha, facilmente reordenáveis.
Esta plataforma pode ser usada de formas distintas. Pode funcionar como um repositório de recursos organizados por tema, acessíveis a qualquer momento e em qualquer lugar, desde que se tenha acesso à Internet. E só com esta função já poderia tornar-se útil para muitos professores, um espaço onde concentramos os nossos recursos para as disciplinas.
Também se pode usar o Blendspace como forma de fornecer planos de aulas com conteúdo multimédia, disponibilizados aos alunos, com a possibilidade de aplicar ferramentas de avaliação em contexto e com feedback imediato para os alunos.
Mas há muitas outras formas de usar blendspace na sala de aula, eis algumas sugestões:
E mais 15 ideias para envolver os alunos através do BlendSpace
Outras vantagens de usar o TES Blendspace incluem:
Razões de sobra para testar e verificar a sua utilidade, agora ou num futuro próximo.
Ter acesso a várias opções e possibilidades pode ajudar-nos a fazer as melhores escolhas.
Bom trabalho!
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Autora: Julia M Cameron – Pexels
]]>Desde os meus tempos de escola que os cartazes ou posters são dos produtos mais habituais nos trabalhos realizados em diversas disciplinas. São, normalmente, utilizados para divulgar ou informar sobre uma palestra, um workshop, uma campanha, um tema científico, entre muitos outros exemplos.
(Quase) ninguém tem dúvidas das suas potencialidades, nem tão pouco das competências que poderão ser desenvolvidas na sua criação.
Atualmente, os cartazes são maioritariamente criados em formato digital, e divulgados nas plataformas online das escolas, sendo também impressos para afixação no espaço escolar.
Ora, tendo em conta esta vertente digital, será que nas escolas já se pensou sobre a possibilidade de criar cartazes interativos?
Ahhh… se neste momento já estás a ouvi um som estranho, desce no artigo e clica na pausa num dos documentos incorporados. Infelizmente tem início automático não configurável. Sorry!
O cartaz, ou poster, é utilizado como um poderoso meio de comunicação com o objetivo de transmitir uma mensagem. Apresenta-se de formas muito diversificadas, desde os mais simples aos mais criativos e por vezes extravagantes.
As grandes marcas apostam muito nos outdoors para chamarem a atenção dos consumidores.
Exemplos criativos de outdoors (Cartazes XL)
Inicialmente, os cartazes eram concebidos, sobretudo, para fins comerciais e industriais, mas ao longo dos tempos começaram a ser usados como forma de divulgação cultural, social ou política.
Quanto à informação transmitida, os cartazes podem ser categorizados em:
Apesar de serem utilizados os cartazes publicitários nas escolas, a abordagem deste artigo integra-se mais na 2ª categoria, os cartazes que têm como objetivo/função comunicar mensagens para ensinar algo.
São exemplo disso os posters científicos.
Com a evolução da tecnologia e a crescente utilização da Internet para divulgar e valorizar os trabalhos dos alunos, urge que o formato dos cartazes também possa acompanhar esta transformação dos meios de comunicação.
Por isso trago a ideia de criação de cartazes interativos multimédia.
Para pensar neste formato é importante manter as regras de construção de um cartaz e adicionar elementos que enriqueçam a mensagem.
A um cartaz deste género é possível adicionar:
No meu ponto de vista, percebe-se, claramente, que as potencialidades de um cartaz interativo multimédia são muito superiores às do cartaz “tradicional”.
Para além do conteúdo mais apelativo, também acresce a possibilidade de ser visto e analisado (ou avaliado) por muito mais pessoas, visto que este tipo de publicação permite a partilha e incorporação em vários espaços na web.
Creio que é uma boa opção para um trabalho ou projeto, podendo ser desenvolvido em qualquer ciclo de ensino, adaptado à autonomia dos alunos, e em qualquer disciplina, área curricular ou extracurricular.
Também pode ser uma ferramenta útil para o professor apresentar ou concentrar conteúdos.
Apesar de já estar bastante difundida e associada a ambientes de imersão, a tecnologia de imagem panorâmica ou vídeo panorâmicos 360º ainda não é muito utilizada nas escolas.
De qualquer forma, é importante perceber que existem muitas iniciativas associadas à Realidade Virtual com aplicações na educação. Muitas delas passam também pela criação de ambientes multimédia interativos, que possibilitam aprendizagens muito diversificadas. E, muito brevemente, estarão a chegar à escola e irão ter o seu espaço, certamente
Apesar de ser construída através de uma estruturação diferente, a lógica de funcionamento é muito semelhante à dos cartazes ou posters interativos multimédia.
O Thinglink tem uma ferramenta, na versão Premium, que permite a edição de imagens ou vídeos panorâmicos com interatividade.
O Glogster é uma plataforma que permite criar cartazes interativos multimédia. De uma forma muito intuitiva, torna-se fácil que professores/educadores e/ou alunos criem os seus cartazes, adicionando informação extra às suas fotografias.
Tal como em outros aplicativos, o Glogster funciona numa lógica de rede social onde os utilizadores partilham as suas criações. Existe, portanto, a possibilidade de interatividade, avaliação, crítica, etc…
A versão grátis permite utilizar as funcionalidades de forma limitada, mas suficiente.
O Thinglink está a ganhar muito terreno em relação a muitos outros editores de imagem. De tal forma que, pelas suas potencialidades interativas, se transformou em ferramenta de eleição para criação de produtos de apresentação de alguns projetos Erasmus+ (ver exemplo aqui).
Com todas as suas funcionalidades bastante simples, é possível dar vida às tuas fotografias, tornando-as interativas e multimédia, sendo possível agregar vídeos, músicas, textos e links.
O trabalho pode ser feito com imagens gratuitas e de livre utilização na Internet (ver artigo “9 Sítios onde podes encontrar imagens de qualidade e gratuitas“), das contas pessoais em bancos de imagem (Flickr, Facebook, Instagram) ou a partir de fotografias carregadas pelos utilizadores.
Como é habitual neste tipo de plataforma, é possível partilhar ou incorporar os cartazes/posters em outros espaços online.
A versão gratuita (apenas para imagens simples) permite a utilização ao nível da construção dos cartazes, com algumas limitações, contudo está limitada apenas ao nível da criação de espaços para turmas por parte dos professores. Para configuração interativa de imagens/vídeos 360º, apenas com a utilização da versão Premium, que tem um custo a partir de aproximadamente 30€/ano, na versão individual
Ipostersessions é uma empresa americana, existente há mais de 20 anos, sempre se dedicou à criação de sistemas multimédia interativos. Começou por trabalhar com museus, centros de ciência e outros ambientes de aprendizagem.
O trabalho era realizado pela empresa para as entidades que a contratavam. Recentemente, decidiram entrar na nova vaga de negócios e disponibilizaram aplicativos para que o próprio utilizador crie o seu próprio cartaz interativo.
Dos exemplos que o site disponibiliza, verifica-se que pode ser muito utilizado em posters científicos, nomeadamente para trabalhos realizados por professores ou alunos (ver exemplos aqui).
Nesta plataforma não está disponível a opção de incorporação, pelo que disponibilizo um poster de Microbiologia através de um link direto.
A versão grátis é tem limitações nas suas potencialidades, contudo é bastante funcional até a um máximo de 5 cartazes por utilizador.
Ficam apresentadas 3 ferramentas que poderão ser úteis na elaboração de um produto diferenciado, atrativo e com potencialidade para aprofundar conhecimentos.
Tal como em outras ferramentas, para o professor é importante analisar os exemplos já existentes, pensar em formas de rentabilizar o formato e, se achar conveniente, escolher uma plataforma para testar. Só assim poderá exemplificar o que pretende, com casos práticos.
Bons trabalhos!
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